O ÚLTIMO DOS SOLTEIROS – PARTE X

AE, POSTANDO O QUE ANDA SAINDO POR AQUI! ESPERO QUE TODOS ESTEJAM TENDO BONS FLUIDOS E FRUTOS! SORTE E ABRAÇO A TODOS:

 

http://pscicotico.wordpress.com/2011/08/14/o-ultimo-dos-solteiros-parte-x/

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Ah! Sol criado pelo homem!
Luz frágil, que se apaga
pelos caprichos
de um dedo.

Que torna a noite clara
pontualmente
ao longo da rua.

Consegue ser essencial,
mesmo sendo efêmera,
artificial, limitada,
tão tênue, tão… Humana.

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RESSURREIÇÃO DO ESCRITOR – Parte 5 de 5

____________________. .. … z… c… b… a… o… d… do… n…a…g.. gan… e…p… Pegando…

A claridade da escuridão cega. Os raios solares invadem o ambiente, aquecendo minha cama, o meu corpo. O Sol parece brilhar intensamente. Eu sou o gosto amargo do despertar, a mente inconsciente ao acordar; a dor de cabeça da desidratação, o enjôo matinal em ebulição; os olhos que se recusam a abrir e a sede de voltar a dormir. Eu sou a ressaca do autor e o despertar embriagado de Lázaro. Continuar lendo

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O ASSASSINATO DO AUTOR – Parte 4 de 5

O que poderia fazer depois desta iluminação? Se ele era um personagem, o livro ainda não estava escrito. Quem era o escritor?  Quais eram suas intenções? Abre a gaveta sem pretensão. Era impossível ser um escritor engavetado. Vai até o banheiro ligar o chuveiro e senta na privada observando o respingar. O escritor não escorria por este ralo. Atira-se ainda vestido, deixando seu corpo deslizar até o chão. Este autor não poderia ser superficial. Era esperto o suficiente para criar um personagem que pensava ser gente. Ele estava acima de qualquer coeficiente. Suplica aos céus procurando respostas. Era apenas a umidade escorrendo de um teto branco. Levanta-se atordoado, respingando ao chão e sai do apartamento com a mesma dedicação. Se ele estivesse acima, estaria em outro apartamento. Toca no 504 e atende a Dona Clotilde como esperado. Atingido por um surto psicótico, invade o apartamento procurando seu algoz. Mas ali não havia ninguém. Apenas seu rastro molhado misturado com o suor desperdiçado. Deveria estar além do edifício. Sobe a escadaria com volúpia, arrebentando a trava da cobertura. Acima da sua cabeça apenas um céu estrelado e uma lua nova ausente. Permanece em silencio na esperança de ouvir alguma narração. Não havia nada além do ruído da cidade e o conflito de seus pensamentos. No silencio ruidoso da noite, só consegue ouvir sua voz de dentro. Ele estivera ali o tempo todo, dentro dele. Continuar lendo

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ILUMINADO – Parte 3 de 5

Deixa o ambiente hostil subindo no primeiro ônibus que lhe servia. Dentro havia poucas pessoas, em sua maioria donas de casa buscando seus filhos na escola e alguns office-boys com documentos na mão. Todos olhavam para ele tentando decifrar o que este jovem bem trajado fazia saindo do centro ao invés de estar indo ao trabalho. Os olhares de decepção das donas de casa se intensificavam. A inveja dos office-boys o corroia por dentro. Saltou três pontos antes do destino e caminhou com passos apressados, demonstrando um atraso ao compromisso inexistente. Em sua essência estava compromissado com ele mesmo. Continuar lendo

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LABIRINTO – Parte 2 de 5

Lázaro desperta de seus sonhos como um dia qualquer. Olha no espelho sua face turva, amassada, ainda se estabelecendo das horas de sono suadas. Tira a sujeira do corpo impregnada, seca-se ao vento, sob o piso molhado. Realiza suas ações diárias normalmente, porém, com um gosto estranho no inconsciente. Mais uma vez a rotina serviu-se dele no café da manhã, e depois de devorá-lo, regurgitou-o através da porta. Executou uma hora de seu dia sob a inércia e procurou saber se houve outros dias que tenham passado com a mesma prosternação. Com a sensação de não ter vivido, volta para indiferença da situação. Continuar lendo

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A VIDA DE LÁZARO – Parte 1 de 5

Não nascera num berço de ouro, muito menos com o cu virado para a lua; mas nem por isso deixara de ter privilégios e até mesmo um pouco de sorte. Crescido em uma família de médicos, desenvolveu-se na época em que a autoridade médica podia ser questionada, processando o então intocável Doutor. Lázaro, que ainda não sabia da existência de uma lei além da familiar, aprendeu que o médico sempre tinha razão e também a possuía seu pai, seu avô e sua tia. Envolto por entidades até então intocáveis, assimilava os acontecimentos calado, aprimorando suas virtudes e seus embaraços. Apesar de conviver com a morte a sua frente, seu primeiro desprendimento foi entender que tudo era passível de ser remediado, bastando o veneno exato na medida adequada. O entendimento deste jogo de possibilidades tornou Lázaro um pouco esperançoso, com a preguiça impulsionando a esperança. Não tinha o ímpeto do perfeccionismo, pois dentro de si existia a certeza, e a destreza de remediar o que houvesse de errado. Buscava os caminhos tortuosos para transcorrer através da ambigüidade. Afinal, por qual razão os fins justificariam os meios, senão pela meiodicridade de que é o finalmente? Tinha plena convicção de que o meio provia o finalmente. Continuar lendo

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AQUELE QUE RESSURGIU DOS MORTOS

Então, projeto ainda não tá pronto. Alguma partes ainda distoam. Mas já não consigo mais deixar ele só comigo. Um pouco longo, porque me empolguei e ainda falta o ultima parte, mas aí vai…

 

AQUELE QUE RESSURGIU DOS MORTOS


– A VIDA DE LÁZARO

 

– LABIRINTO

– ILUMINADO

– O ASSASSINATO DO AUTOR

– RESSUREIÇÃO DO ESCRITOR

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laerte


pra animar a sexta-feira (clique para ampliar).

retirado do blogue do mestre: http://manualdominotauro.blogspot.com.

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Amarelinha

Os sonhos de giz
desenhados no chão.
Eu nunca quis,
mas eles se apagarão.

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estratégias discursivas | aula de 7.06

A tempestade de ontem fez com que a classe ficasse menor. Mas não menos aconchegante. Entre bravos e corajosos, discutimos então os assuntos que seguem. Excepcionalmente, fiz um resumo da parte expositiva do encontro para os que não conseguiram estar presentes.  Indico ainda uma bibliografia.

Parênteses. Como pode imaginar, não é possível transcrever aqui como foi interessante observar e comentar as pranchas do livro de quadrinhos O Circo de Lucca do Jozz – há coisas que só um refúgio da tempestade pode nos proporcionar [leia sobre o livro aqui]. Fecho parênteses.

E não deixe de experimentar o exercício ao final!

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leitura de apoio: “O Circo de Lucca”

Escolhi hoje trabalhar com excertos d’O Circo de Lucca para tratar sobre estratégias discursivas: trata-se de uma HQ feita pelo jovem ilustrador Jozz Zugliani, cujo tema principal é exatamente a criação.

Conforme escreve o próprio autor:

“Publicado pela editora Devir, em 2008, este livro foi meu trabalho de conclusão de curso, na faculdade de Design Gráfico, em 2006.

A diferença de O Circo de Lucca é que se trata de uma história em quadrinho em metalinguagem. Estuda as possibilidades da mídia, aliada a alguns questionamentos que parecem ter sido esquecidos por nós: Para quem você cria? Para quê?

Lucca, o protagonista, é desenhista e encontra dificuldades para criar sua história. Sabe o que fazer, mas não desenvolve, pois não quer fazer qualquer coisa. Durante a história, ele se encontra. Descobre algo que vale a pena ser contado, e percebe que tem muito a aprender ainda sobre desenhar HQs, e as responsabilidades que isso acarreta. Nessa viagem, se relaciona com amigos, principalmente com um Palhaço que aparece em seu caminho, com quem experimenta técnicas de desenho, pintura, e narrativa”.

Seguem algumas pranchas cedidas gentilmente pelo autor – gracias, Jozz!

Espero que a reflexão seja divertida! Clique aqui para ler.

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estratégias discursivas

Com relação aos exercícios sobre “estratégias discursivas”, separei 3 opções de textos para serem reescritos durante o nosso encontro

: as opções podem ser lidas aqui.

Para animá-los, segue um trechinho da leitura d’O Poema Sujo feita pelo Ferreira Gullar.

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PROJETO – AUTOR X PERSONAGEM / SEM NOME

Não nascera num berço de ouro, muito menos com o cu virado para a lua; mas nem por isso deixara de ter privilégios e até mesmo um pouco de sorte. Crescido em uma família de médicos, desenvolveu-se na época em que a autoridade médica podia ser questionada, processando o então intocável Doutor. Entre um e outro, Lázaro, que ainda não sabia da existência de uma lei além da familiar, aprendeu que o médico sempre tinha razão, e em virtude também a possuía seu pai, seu avô e sua tia. Envolto de entidades até então intocáveis, Lázaro assimilava os acontecimentos calado, aprimorando suas virtudes e seus embaraços. Apesar de conviver com a morte a sua frente, seu primeiro desprendimento foi entender que tudo era passível de ser remediado, bastando a medida exata do veneno adequado. O entendimento deste jogo de possibilidades tornou Lázaro um pouco esperançoso, e por certas razões a preguiça impulsionava a esperança. Não tinha o ímpeto do perfeccionismo, pois dentro de si existia a certeza, e a destreza, de remediar o que houvesse de errado. Vislumbrado com o atípico e deslumbrado com o tratamento, buscava os caminhos tortuosos para transcorrer através da ambigüidade. Afinal, por qual razão os fins justificariam os meios, senão pela meiodicridade de que é o finalmente? No fim está contido todo o esgotamento de qualquer razão, por isso precisava acreditar que o meio guarnecia o finalmente. Continuar lendo

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———- Mensagem encaminhada ———-

De: ana rüsche
Data: 31 de maio de 2011 10:31
Assunto: OFICINA | Leitura de apoio para hoje
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bom dia!

dois lembretes

a) para hoje: envio novamente mensagem da andréa (abaixo), com a leitura para hoje à noite;

b) para 7/06: dentro do que conversamos no encontro O “tom”: estatuto da linguagem, voz e criação do narrador, escrevam ou reescrevam um parágrafo de prosa ou um poema que enfatize, dentro do que foi proposto no pré-projeto, a busca por um tom, por um estilo de linguagem, pela adequação entre o que é dito com a forma com que se diz.

e recado para andréa: ah, elogiaram o layout do blogue! agradece nossa designer em nome da turma! 😉

abraços a todos e boa aula!

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TOM – PRÉPROJETO SEM NOME

Pessoal, ontem fiquei devendo o trecho do pré-projeto, mas ainda estava tudo muito embaralhado na cabeça. Agora consegui reformular a coisa e ficou mais ou menos assim. Tentei usar muito o gerundio, pra trazer um tom do distanciamento do passado remoto. Trechos longos e explicativos. Sei lá, pra movimentar tudo isso. Com certeza verbos serão trocados, virgulas serão mudadas, mas é por aqui que começa um projeto maluco:

Não nascera num berço de ouro, muito menos com o cu virado pra lua; mas nem por isso deixara de ter privilégios e até mesmo um pouco de sorte. Crescido em uma família de médicos, desenvolveu-se na época em que a medicina podia ser processada, questionando a autoridade do então intocável Doutor. Entre um processo e outro, Lázaro, que ainda não sabia da existência de uma lei além da familiar, aprendeu que o médico sempre tinha razão, e por conseqüência, também a possuía seu pai, seu avô e sua tia. Envolto de entidades até então intocáveis, Lázaro assimilava os acontecimentos calado, trabalhando o dom da observação que se afloraria mais tarde, aprimorando suas virtudes e libertando seus embaraços. Apesar de conviver com a morte estampada a sua frente, o primeiro grande truque foi entender que tudo era passível de ser remediado, bastando apenas a medida exata do veneno adequado. O entendimento deste jogo de possibilidades tornou Lázaro um pouco esperançoso, e por certas razões a preguiça impulsionava a esperança. Não tinha o ímpeto do perfeccionismo, pois dentro de si existia a certeza, e a destreza, de remediar o que houvesse de errado. Vislumbrado com o atípico e deslumbrado com o tratamento, buscava os caminhos tortuosos para transcorrer através da ambigüidade. Afinal, por qual razão os fins justificariam os meios, senão pela meiodicridade de que é o finalmente? Para ele, este nunca deveria chegar, pois está contido o esgotamento do que quer que tenha havido razão. Por fim, entendeu que o meio remediava o finalmente.

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concurso! “só escritoras”

Proposta linda do selo Edith! Aproveitem pra afiar as palavras & botar o texto à prova:

“EDITH quer conhecer as novas escritoras do Brasil.

Quer encontrar, revelar e promover a literatura produzida pelas mulheres das cinco regiões do país.

O concurso só escritoras convida autoras, de qualquer idade, crença, classe, opinião, partido político e gênero literário – entre poesia, conto, romance ou crônica – a enviarem originais de seus livros inéditos, com exceção de obras destinadas ao público infanto-juvenil.

Uma Comissão de Seleção irá premiar uma autora, segundo a qualidade literária da obra enviada.

A escritora vencedora terá sua obra editada e publicada pela EDITH, com participação e lançamento na Balada Literária 2011, um dos mais importantes e, sem dúvida, o mais divertido encontro literário do país.

As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de junho”.

Então mulheres escritoras deste país, leiam o regulamento e participem: aqui

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como escolher um “tom”?

Algumas palavras e expressões com a semântica semelhante a “tom”:

intensidade de um som, altura, inflexão da voz, modo de dizer, caráter, estilo, limite de afinação, colorido, vestígio, teor, opinião, ponto de vista, maneira de ser.

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leitura de apoio: aula de 31.05

Caros,

Conforme e-mail da Andréa, segue o link para leitura do texto da Annita MalufePassagens entre Escrita e Vida: Leia aqui.

Ana Cristina Cesar (1952-1983) ficou conhecida como uma poeta próxima a gêneros da intimidade. No entanto, sempre se posicionou contrariamente à identificação simplista entre vida e obra do autor. O artigo busca trazer as reflexões da poeta e ao mesmo tempo propor modos de leitura de seus poemas que fujam dos dois pólos predominantes da crítica literária: por um lado, a total identificação entre autor e obra, numa relação de espelhamento, ou por outro, um radical corte entre eles, como se houvesse a possibilidade de uma pureza da linguagem”.

O texto servirá como leitura de apoio para a aula do dia 30 de maio.

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início do Módulo II

Com certa expectativa e algumas caras novas na sala de aula, iniciamos ontem o Módulo II de nossa oficina. O tema foi o tempo. E como é difícil de conversar sobre isso quando nos aproximamos da modernidade!

Assistimos as tomadas iniciais de “Cidadão Kane” e a antológica cena em que os pais do pequeno John autorizam que fique sob a custódia do banco. Recomendo vivamente que juntem alguns amigos conversadores e assistam na íntegra.

Bem, espero que o encontro tenha sido proveitoso. Seguem os dois textos lidos e comentados.

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